Numa tentativa de deixar de ser egocêntrica, fujo do "eu" e entro no "ela", espiando pela fechadura da alma alheia... Marcia Mattoso





quinta-feira, 18 de agosto de 2011

NUNCA MAIS


Ela provou da boca daquele homem e ficou com um gosto de "quero mais".
Tocou-lhe o rosto, pegou-lhe as mãos, profetizando no olhar toda a história que iria viver. Jogou-se sobre ele, agarrando-se em seu corpo forte, de pele suave...abraçou tanto, tanto quanto podia sentir-se viva.
Juntos sonharam sonhos imorais em sentimentos imortais...desfrutaram de seus encantos naturais, numa fraqueza percebida, numa franqueza fria, numa doce malícia...mergulharam num mundo de delícias, levados pela emoção, pela sensação, pela tentação...
Descansaram caídos, largados na cama...como se o tempo e o mundo houvessem parado...
Ele levantou-se, deu-lhe as costas e se foi...sem sequer olhar para trás. E ela ficou...sem saber, sem entender e com aquele gosto de "nunca mais".

Marcia Mattoso

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