Numa tentativa de deixar de ser egocêntrica, fujo do "eu" e entro no "ela", espiando pela fechadura da alma alheia... Marcia Mattoso





domingo, 23 de junho de 2013

DONAS DA NOITE


Perdidas na rua, na noite,
noite crua, noite nua,
na nudez das prostitutas
que se esfregam,
se insinuam.
Não se envergonham,
não se enjoam,
[não?]
são damas da noite.
Vestem-se de sensualidade,
tremenda e tempestuosamente
prontas a saciar a fome
de homens, com voraz apetite
para o sexo desregrado,
desregradamente consumido.
São donas da noite,
belas e imperfeitas,
na imperfeição da pureza
perigosamente suja,
cheias de pecado, podridão.
Inconsequentemente inocentes,
sujeitas a pudores e despudores,
se comovem e se derrotam.
História intensa com final...
[feliz?]

Marcia Mattoso


Um comentário:

  1. Um dos poemas mais bonitos que já li com delicadeza das que seguem uma vida bem dificil,por opcção ou por circunstâncias da vida!
    Parabéns Marcia Mattoso

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